De 1880 a 1903 são 23 anos de tempos áureos, de
muita riqueza, luxo e cultura, sendo a Serra conhecida como a “Grécia Capixaba”.
Grécia é um país da Europa, localizado nas margens do mar Mediterrâneo. É o
lugar onde nasceram a Medicina, a Filosofia e foi instalada a primeira Academia
de Letras do Mundo. Os povos que, na antiguidade, habitaram o território da
Grécia construíram a primeira civilização duradoura da Europa, berço de toda a
cultura ocidental moderna.
Os gregos criaram obras artísticas, literárias,
filosóficas e científicas de importância insuperáveis. A expressão Grécia
Capixaba era usada para qualificar a Serra como uma terra de pessoas cultas e
inteligentes. Nas escolas da Serra eram ministradas aulas de Francês, e os
filhos de proprietários de terras da Serra iam estudar nas melhores Escolas,
localizadas em Olinda e São Paulo e até do outro lado do oceano atlântico, na
França, se que de lá mandavam, regulamente, tecidos e perfumes, para parentes e
amigos.
Já no século XIX, a Serra experimenta grande
desenvolvimento por ser um entreposto de comércio para a região norte e
litorânea norte e, pela sua produção de açúcar e café. São José de Queimado,
hoje distrito da Serra, situado à do rio Santa Maria, possuía um porto
denominado o “porto do Uma”, onde eram embarcadas em grandes canoas que
comportavam cerca de 100 sacas de café, a produção da região da Serra e, onde
eram desembarcados os produtos importados para atender as necessidades locais. O
rio servia como via para transporte em geral, inclusive para a integração de
Vitória com Serra e o interior Norte com as pessoas se deslocando de um lugar
para outro.
O “café Capitania”, colhido no Morro da Serra,
dizia-se ser de fato especial, de grãos sadios, graúdos e azulados. Na Sede
verifica-se uma intensa movimentação em torno das máquinas de moer café e
descascar arroz, que tinham como proprietários as famílias Miranda, Castello e
Miguel, que promoviam grande movimento de tropas de animais, que eram usadas
para o transporte de cargas e, que movimentavam as ruas de chão batido da
Serra.
Fonte: História da Serra - 3ª Edição,
abril/2009
Autor: Clério José Borges
Autor: Clério José Borges
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