Nas
regiões de Guarapari e Meaípe, no Espírito Santo, foram investigados os níveis
externos de radiação a que estão expostas as populações e a possível
incorporação de elementos radioativos em vegetais e alimentos que crescem na
região. Inclui-se também a presença de gases radioativos e poeiras na atmosfera,
seja no interior das casas, nas ruas ou nas praias.
A
população local está exposta quase que exclusivamente à irradiação externa,
proveniente do minério contido no solo, já que a incorporação de elementos
radioativos nos vegetais é praticamente desprezível. Mas os níveis de
radioatividade na atmosfera também se situam em valores muito baixos. Estes
estudos permitiram concluir que a radioatividade ambiental na região de areias
monazíticas provoca irradiação muito pequena nas populações ali localizadas, não
oferecendo possibilidade de qualquer dano biológico aos indivíduos que ali
residem ou permanecem por longos períodos.
Estudos
Realizados pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro sobre
radioatividade Guarapari – E. Santo
Em
outubro de 1965 e julho de 1966, alguns habitantes da cidade de Guarapari
prontificaram-se, amavelmente, a cooperar numa série de experiências destinadas
a medir à radioatividade no corpo humano.
Foram
feitos quatro tipos de experiências: a primeira para medir a radioatividade do
ambiente nas ruas e nas praias; a segunda para medir a radioatividade externa
que os habitantes de Guarapari recebem em sua vida cotidiana e as duas últimas
para medir a radioatividade no corpo humano.
Os
dados são os seguintes: as medidas da radioatividade do ambiente foram feitas
com câmara de ionização e cintiladores. Os dados são apresentados nas tabelas 1
(ruas de Guarapari) e 2 (praias de Guarapari).
As
medidas da radioatividade externa que os habitantes recebem na sua vida
cotidiana foram feitas com dosímetros de fluoreto de lítio, colocados nos
escapulários do Coração de Jesus pelos P.P. Jesuítas, professores daquela
Universidade que visitavam anualmente a cidade.
As
experiências mostraram que as doses recebidas variavam entre 200 à 3.200
milliroentgen por ano, o que apesar de seu valor aparentemente alto, está muito
abaixo da dose mínima permissível que é por volta de 180 millitroentgen por
semana.
Medidas
nas ruas de Guarapari
Rua
|
Milliroentgen/hora
|
Da
praça Gov. Bley até Hotel Radium
|
0,093
|
Do
Hotel Radium até o final
|
0,130
|
Rua
Pedro Caetano
|
0,076
|
Rua
Henrique Coutinho
|
0,073
|
Rua
Getúlio Vargas
|
0,064
|
Pça.
Jerônimo Monteiro
|
0,102
|
R.
Sizenando Mattos Bourguignon
|
0,057
|
R.
Holdar de Barros Figueira
|
0,056
|
Travessa
entre H. Coutinho e G. Vargas
|
0,037
|
Pça.
da Conceição, Sul
|
0,030
|
Pça.
Da Conceição Norte
|
0,162
|
Travessia
Pça. Da Conceição
|
0,031
|
Travessa
Gonçalves dos Santos
|
0,027
|
Travessa
Delfino Santana
|
0,070
|
Travessa
Augusto Mattos
|
0,069
|
Rua
Dr. Silva Mello
|
0,050
|
Rua
Simplício de Almeida Rodrigues
|
0,043
|
Entre
Praça Jerônimo Monteiro e Ponte
|
0,046
|
Rua
Aristides Navarro
|
0,052
|
Estrada
Anchieta
|
0,050
|
Medidas nas Praias de Guarapari
Praias
do Norte
|
Milliroentgen/hora
|
Próximo
à rua
|
0,135
|
A
meia distância
|
0,120
|
Próximo
à água
|
0,037
|
Areias
pretas
|
1,350
|
Praias
do Sul
|
Milliroentgen/hora
|
Próximo
água
|
0,185
|
Próximo
a rua
|
0,070
|
A
meia distância
|
0,090
|
Areias
pretas
|
2,000 |
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