Sendo
a data magna do município de Vila Velha o dia 23 de maio, uma data fixa, acaba
acontecendo um curioso conflito com o calendário da Igreja Católica, pois nesta
data em 1535, comemorava-se a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos, ou
seja, a festa católica do Divino Espírito Santo, daí a toponímia dada por Vasco
Fernandes Coutinho ao torrão de terras que ganhara de D. João III, para fundar a
Capitania.
Como
a Igreja segue um calendário que obedece mais um ciclo lunar,
herdado do
judaísmo, as principais festas são móveis em relação ao calendário civil, pois
depende da lua.
E aí o calendário civil vinha dando uma discrepância na marcação das datas das festas de suma importância, como a páscoa.
Como os astrônomos com recursos do século XVI já haviam calculado que a terra demorava 365 dias, 4h e alguns minutos, para dar uma volta ao redor do sol, (ou o sol dar uma volta completa em sua trajetória ao redor da terra na concepção heciocêntrica - observavam as épocas dos equinócios) a diferença de 4 horas a cada 6 anos já vinha sendo compensada com um dia a mais em fevereiro, nos célebres anos bisextos.
Mas os minutos e quebradinhos, não podiam ficar para trás, e a terra teria que acertar o passo.
E aí o calendário civil vinha dando uma discrepância na marcação das datas das festas de suma importância, como a páscoa.
Como os astrônomos com recursos do século XVI já haviam calculado que a terra demorava 365 dias, 4h e alguns minutos, para dar uma volta ao redor do sol, (ou o sol dar uma volta completa em sua trajetória ao redor da terra na concepção heciocêntrica - observavam as épocas dos equinócios) a diferença de 4 horas a cada 6 anos já vinha sendo compensada com um dia a mais em fevereiro, nos célebres anos bisextos.
Mas os minutos e quebradinhos, não podiam ficar para trás, e a terra teria que acertar o passo.
Pois
bem, os astrônomos calcularam mais ou menos quanto tempo teria passado desde a
criação do mundo, e calcularam que a diferença desses minutos não compensados
davam cerca de 10 dias. E então o papa Gregório baixou uma bula e suprimiu cerca
de 10 dias do calendário pulando naquele ano, esse lapso de tempo, inclusive
postergando alguma promessa religiosa que alguem tivesse feito, ou crédito ou
débito que tivesse sido marcado naqueles dias que seriam pulados uma vez só, e
liquidadas lá na frente...
Mas
aí para Vila Velha, o dia fixo 23 de Maio, não ficou mais perto do Dia da festa
do Divino Espírito Santo.
Daí o desencontro visível que observa-se quando se diz que Vila Velha fora fundada no dia da festa católica do Divino Esp. Santo, que passou a não mais coincidir mesmo.
Daí o desencontro visível que observa-se quando se diz que Vila Velha fora fundada no dia da festa católica do Divino Esp. Santo, que passou a não mais coincidir mesmo.
Origem
portuguesa
A
origem remonta às celebrações religiosas realizadas em Portugal a partir do
século XIV, nas quais a terceira pessoa da Santíssima Trindade era festejada com
banquetes coletivos designados de Bodo aos Pobres com distribuição de comida e
esmolas.
Assunto
muito abordado pelo professor Agostinho da Silva. Há referências históricas que
indicam que foi inicialmente instituída, em 1321, pelo convento franciscano de
Alenquer sob proteção da Rainha Santa Isabel de Portugal e Aragão.
Essas
celebrações aconteciam cinquenta dias após a Páscoa, comemorando o dia de
Pentecostes, quando o Espírito Santo desceu do céu sobre os apóstolos de Cristo
sob a forma de línguas como de fogo, segundo conta o Novo Testamento. Desde seus
primórdios, os festejos do Divino, realizados na época das primeiras colheitas
no calendário agrícola do hemisfério norte, são marcados pela esperança na
chegada de uma nova era para o mundo dos homens, com igualdade, prosperidade e
abundância para todos.
A
devoção ao Divino encontrou um solo fértil para florescer nas colônias
portuguesas, especialmente no arquipélago dos Açores. De lá, espalhou-se para
outras áreas colonizadas por açorianos, como a Nova Inglaterra, nos Estados
Unidos da América, e diversas partes do Brasil.
Brasil
É
provável que o costume de festejar o Espírito Santo tenha chegado ao Brasil já
nas primeiras décadas de colonização. Hoje, a festa do Divino pode ser
encontrada em praticamente todas as regiões do país, do Rio Grande do Sul ao
Amapá, apresentando características distintas em cada local, mas mantendo em
comum elementos como a pomba branca e a santa coroa, a coroação de imperadores e
a distribuição de esmolas.
Fonte:
Roberto Brochado Abreu. Membro da Casa da Memória de Vila Velha e
Wikpedia.
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