Ali havia
uma garagem para os serviços de reparo e manutenção dos bondes.
Os
passageiros completavam a viagem para Vitória atravessando a baía nos botes dos
catraieiros ou em lanchas. Havia duas lanchas: a Elizabeth e a Santa Cecília.
Elas pertenciam à empresa que mantinha os bondes e fornecia eletricidade a
capital do Estado e a Vila Velha.
O bonde
era todo aberto e ventilado. Quando chovia era necessário baixar as cortinas de
lona. Mesmo sem desenvolver grande velocidade, o bonde encurtava o tempo dos
percursos entre as localidades que servia. As paradas eram indicadas pelos
postes com uma faixa pintada de branco.
Os
assentos dos bondes eram de madeiras, mas confortáveis. Em cada um cabiam cinco
pessoas sentadas. Na hora de maior movimento, muitos passageiros viajavam em pé
entre os bancos. Era comum os homens irem nos estribos, do lado de fora do
veículo.
Havia
também o reboque, que era um vagão menor, com menos conforto. Ele era ligado à
parte traseiro do bonde, nos horários de maior movimento. Neles, o preço das
passagens era mais barato e permitia-se o transporte de pequenos
volumes.
A
eletricidade que movia os bondes vinha pelos fios dos postes. O motorista
chamava-se motorneiro e o cobrador das passagens, condutor. O condutor
trabalhava percorrendo o estribo com o dinheiro na mão. Fiscais controlavam o
movimento dos passageiros e o trabalho dos motorneiros e dos condutores. Todos
usavam uniformes e quepes.
Fonte:
Vila Velha: Nosso Município, 2003
Autores: Luiz Guilherme Santos Neves/ Léa Brígida Rocha de Alvarenga Rosa/ Renato José Costa PachecoCompilação: Walter de Aguiar Filho, janeiro/2012
Autores: Luiz Guilherme Santos Neves/ Léa Brígida Rocha de Alvarenga Rosa/ Renato José Costa PachecoCompilação: Walter de Aguiar Filho, janeiro/2012
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