sábado, 28 de abril de 2012

Vôo Livre em Vila Velha ES

Voar livre pelos céus como os pássaros. Esse é um sonho que os homens acalentam desde a Antiguidade. A mitologia grega conta a lenda do jovem Ícaro, que, aprisionado no labirinto do Minotauro com seu pai, Dédalus, consegue escapar com asas semelhantes às dos pássaros construídas pelo inventivo Dédalus. Mas o jovem, inebriado com o prazer do vôo, não segue as recomendações paternas, voa tão alto que o sol derrete a cera que mantém as asas junto ao seu corpo e acaba caindo na imensidão do mar.
Na Idade Média, o gênio italiano Leonardo Da Vinci desenhou os primeiros esboços do que seria “uma máquina de voar”. Na verdade, algo muito parecido com o nosso helicóptero de hoje. Mas foi o brasileiro Santos Dumont quem, em 1906, levou efetivamente o homem aos céus.
De lá para cá, mesmo com o surgimento de aviões e helicópteros cada vez mais velozes e modernos, a vontade de voar com liberdade, sentindo o vento bater no rosto, levou ao surgimento de “engenhocas voadoras” que são utilizadas em diferentes modalidades esportivas movidas a pura paixão, prazer, adrenalina e vento!
O vôo livre, ao contrário do que muitos pensam, é bem diferente do pára-quedismo. No primeiro, o objetivo é planar durante o maior tempo possível, enquanto no outro, como o próprio nome indica, o grande barato está justamente na sensação da queda livre.
A asa-delta e o paraglider, popularmente conhecido como parapente são as duas versões do Vôo. Desenvolvido por alpinistas suíços, o parapente surgiu da necessidade que esses esportistas tinham de descer facilmente a montanha após escalá-la. No caso da asa-delta, não se sabe ao certo quando e onde surgiu. Austríacos e chineses brigam pela paternidade do invento.
Ambos os esportes levam homens a sentir-se como pássaros, mas têm suas diferenças. No parapente o esportista fica “sentado”; na asa-delta o piloto “deita de barriga” no ar. Na asa é preciso uma rampa para saltar; no outro não, uma montanha ou morro é suficiente.
Parapente ou Paraglider
Está no Brasil há cerca de 12 anos. O piloto manobra o parapente podendo subir, descer ou voar por um bom tempo.
O nome Parapente vem do francês: PARA que significa parachute (pára- quedas) e PENTE é o mesmo que colina, morro e o Paraglider vem do inglês: GLIDER que é planador.
Com o tempo, os modelos foram melhorando sua performance, chegando ao ponto de tornar-se um pára-quedas planador, compartilhando o vôo com asas-delta, chegando às nuvens, percorrendo grandes distâncias, viajando entre cidades.
O equipamento completo vai acondicionado numa mochila e pesa por volta de 17 Kg. Pode ser facilmente transportado em carro pequeno, moto ou nas costas.

Dicas
Faça um curso de paragliding em uma escola especializada - Consuma bastante água - Refeições leves - Roupas que facilitem o movimento - Bota de vôo ou trekking, tênis cano alto - joelheira de skatista - capacete - protetor solar.
Onde praticar
Nas escolas de paragliding você vai receber conhecimentos fundamentais para a prática do esporte, como equipamento, técnicas de pilotagem, meterologia, instruções de segurança, orientação topográfica, preparo físico e muitas outras coisas pra que você possa aproveitar ao máximo sua adventure. O Paragliding é regulamentado no Brasil pelo DAC - Departamento de Aviação Civil do Ministério da Aeronáutica, que fornece licenças para pilotos e instrutores através da ABVL - Associação Brasileira de Vôo Livre.
Rampa do Morro do Moreno
Para aqueles que gostam de curtir um liftão, o Morro do Moreno, com seus 185 metros de altitude, permite ao piloto curtir o belíssimo visual de Vila Velha e também de Vitória. O piloto pode liftar nos prédios por muitas horas, o pouso é na Praia da Costa e o acesso ao topo do morro pode ser feito a pé ou em carro 4x4. Quadrante de Vento - Sul a Leste.
Como diria o capitão Jack Sparrow, interpretado pelo ator Johnny Depp, em Piratas do Caribe:
- Tragam-me o horizonte.

Fonte: Revista Nos Trilhos - outubro/2005 e outros sites.
Texto: Fernando Marcelino

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