Apenas
quatro casas rodeadas de muito verde e árvores frutíferas. Assim era Itapoã, em
1965. Só mato, capoeira pura. Existiam também mais três casas em
construção.
Na época, o bairro era um sítio, batizado com o nome de Apicum do Poço, com criação de gado e cavalo. Onde hoje é um valão, corria um córrego tão limpo que era possível as crianças tomarem banho e pescar peixes.
As
ruas eram de areia e, para ir à praia, costumava-se passar por trilhas cheias de
pitangueira, cajueiro, goiabeira e outras árvores frutíferas.
Como
não havia água encanada, era preciso comprá-la em barris, que os moradores
despejavam na caixa d'água no alto de suas casas.
Foi
na década de 70 que surgiram os primeiros conjuntos habitacionais. O primeiro a
ser erguido foi o Jerônimo Monteiro, que tinha 15 casas, que se tornaram
moradias de funcionários públicos. Mais tarde, foram construídos o Conjunto
Militar e Eldorado. Por volta de 1975, no Conjunto Itapoã, surgiram os primeiros
prédios.
Com
o aumento do número de moradores, a população de Itapoã foi se organizando e
fazendo reivindicações. As casas ganharam luz elétrica, o transporte urbano
melhorou e o comércio começou a crescer.
O
bairro, que era quase todo brejo, foi sendo aterrado para a construção de mais
moradias. Na década de 80, a região já estava tomada por casas
populares.
Nos
últimos anos, grandes empreendimentos imobiliários vêm mudando a cara do bairro.
Muitas casas foram demolidas para dar lugar aos condomínio de luxo que tomaram
conta de toda a orla.
Fonte:
Jornal A Tribuna
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