sexta-feira, 27 de abril de 2012

História da Orquestra Filarmônica do Espirito Santo OFES

Considerada um dos mais importantes organismos culturais do Estado, a Orquestra Filarmônica do Espírito Santo (OFES) foi criada em 1977, a partir de um projeto elaborado pela professora de piano Sônia Cabral, então Coordenadora de Música Erudita da Fundação Cultural do Espírito Santo. Nascida como Orquestra de Câmera do Espírito Santo, o conjunto, embrião da futura orquestra, era formado por músicos contratados da Banda de Música da Polícia Militar, professores e alunos da Escola de Música, com destaque para o casal Alceu e Vera Camargo, pioneiros na formação dos músicos de cordas. Após uma pequena fase como Orquestra Clássica, ela tornou-se, a seguir, Filarmônica, até firmar-se como Orquestra Sinfônica do Espírito Santo, em 1986, com a criação de seu quadro próprio e específico, contendo 125 vagas de músicos. O projeto, marco na história da orquestra, foi elaborado por Dª Sônia Cabral, então Chefe da Divisão de Música Erudita, sendo publicado no Diário Oficial de 30 de setembro de 1986. Em 1993 a orquestra voltou a se chamar Filarmônica.

Nesse período passaram pela orquestra os seguintes regentes: Victor Marques Diniz, Jaceguay Lins, Wenceslau Moreira, Mário Candiani e Leonardo Bruno. Desde 1992 a orquestra é dirigida por seu Maestro Titular, Helder Trefzger. De 1993 a 2011 o Maestro Modesto Flávio trabalhou como Maestro Adjunto da Ofes, deixando uma importante contribuição. Esse posto foi ocupado, a partir do dia 25 de abril de 2011, pelo Maestro Leonardo David. Dentre os Maestros Convidados que regeram a OFES, destacam-se Isaac Karabtchevsky (RJ), Roberto Duarte (RJ), Roberto Tibiriça (SP), Osvaldo Ferreira (Portugal), Emilio de César (DF), Ernani Aguiar (RJ), Sidney Harth (EUA), Sergio Oliva (Itália), André Cardoso (RJ), Sérgio Magnani (MG), Oiliam Lanna (MG), Silvio Barbato (RJ), Guilherme Mannis (SP), Marcelo Ramos (MG), Silvio Viegas (MG), Marcelo de Jesus (SP), Leandro Carvalho (SP), David Handel (EUA), Marcos Arakaki (SP) e Jorge Richter (EUA).

Mantida pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), a orquestra tem uma atuação marcante, não só em Vitória, mas também nos demais municípios. Atualmente, graças à iniciativa do Governo do Estado, revitalizada pela Lei Complementar nº 310, de 30 de dezembro de 2004, a orquestra realizou novo concurso público e incrementou as suas atividades, ampliando o número de concertos. Sua temporada inclui as seguintes séries:

 "Série "Concertos Sinfônicos", realizada mensalmente no Teatro Carlos Gomes, e que conta com a participação de grandes solistas e maestros convidados.

"Série "Quarta Clássica", de formação de platéia, e que recebe solistas dos mais variados instrumentos, em apresentações a preços populares.

"Série "Espírito Santo", apresentada, também gratuitamente, nos diversos municípios do Estado.

"Série "Orquestra nas Escolas", que leva a música de concerto às escolas públicas da Região Metropolitana.

Além disso, todos os anos a Orquestra participa do Concerto de Natal, realizado na Praia de Camburi, para um grande público.

O repertório apresentado pela orquestra nos últimos anos inclui obras significativas, como o Stabat Mater, de Rossini, a Grande Missa em Dó menor, de Mozart, o Te Deum, de Bruckner, a Missa em Dó Maior de Beethoven, a Suíte A Floresta do Amazonas e os Choros 6, de Villa-Lobos, as óperas Cavalleria Rusticana, Madama Butterfly, La Traviata e O Elixir do Amor (apresentadas em forma de concerto), as Sinfonias nº 8 e 9 (do Novo Mundo), de Dvorak, a Sinfonia em ré menor, de C. Franck, todas as sinfonias de Brahms, Sinfonias de Schumann, Mendelssohn, Schubert e a Sinfonia em sol menor, de Alberto Nepomuceno, dentre outras tantas.

Destaque ainda para a realização de primeiras audições mundiais de obras de Carlos Cruz, Jaceguay Lins, Mauricio de Oliveira e Marcelo Rauta e para a homenagem a Radamés Gnattali, pelo seu centenário, em 2006, com a apresentação de diversas obras. Outro marco em sua história foi a apresentação do ciclo das sinfonias de Beethoven, em 2007, culminando com a apresentação, pela primeira vez no Estado, da Nona Sinfonia, em duas récitas, no Teatro Carlos Gomes.

Dentre os solistas que já se apresentaram com a OFES, podemos destacar: Nicolas Koeckert (Alemanha), Daniel Guedes, Emanuelle Baldini, Antônio Del Claro, Gabriela Queiroz, Fábio Zanon, Marcelo Bratke, Licio Bruno, Arthur Moreira Lima, Miguel Proença, Manolo Cabral, Márcio Carneiro, Dang Thai Son, Alceu

Reis, Luiz Senise, Lilian Barreto, Marco Antônio de Almeida, Linda Bustani, Maurício Freire, Natércia Lopes, Inácio de Nonno, Fausto Borém, Edson Scheid, Célia Ottoni, Aleyson Scopel, Ricardo Amado, Hugo Pilger, Carlos Barbosa Lima, José Staneck, Jerzy Milewski, Fátima Travanca (Portugal), Olivier Cazal (França), Francesco Izzo (Itália), Daniel Mason (EUA), Bartlomiej Niziol (Polônia), Marian Lee (EUA), Benjamin Karp (EUA) e Paulo Moura. Apresentaram-se ainda artistas como Wagner Tiso, Altamiro Carrilho, Sivuca, Hermeto Paschoal, Simone, Ivan Lins, Naná Vasconcelos, Fafá de Belém e Milton Nascimento, Geraldo Azevedo, dentre outros.

 Um dos pontos positivos é a alta identificação da população capixaba com a orquestra, tida como uma referência no Estado.

Fonte: http://www.secult.es.gov.br

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